terça-feira, 30 de julho de 2013

Dazaranha - Retroprojetor

Nos anos 2000 conheci uma banda muito interessante do sul do País, a banda Dazaranha, os caras tem músicas incríveis e ótimas sacadas da realidade do Brasil.

Vale a pena conhecer ou se já conhece rever.



Ótima terça.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O Teatro Mágico - Quando a Fé Ruge



Mais uma de qualidade do Teatro Mágico.


Ótimos dias.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A magia nossa de cada dia



Já falei aqui do poder da palavra. Com poucas palavras podemos fazer a pessoa ao lado nos devolver um belo sorriso. E com outras podemos fazer a pessoa ao lado nos mandar para o inferno. Basta escolhermos!
E ainda me falam em destino. Ora, basta você escolher qual palavra dirá a partir de agora. A que o levará para frente, para o bem, para o amor, amizade, compreensão. Ou a que o levará para trás, para o conflito, para o atraso, enfim. Basta escolher!
Uma das piores coisas que um ser humano pode fazer é se acostumar. No livro O Mundo de Sophia - um livro que não se esquece - Jostein Gardner nos mostra que uma das primeiras e mais importantes qualidades de um filósofo é não se acostumar com as coisas. É como mantermos conosco aquele nosso olhar curioso de criança, sempre disposto a querer saber mais. Para quem tudo é novidade. Olhar aquele, que os “adultos” deixam para trás, ensimesmados contra o tédio nosso de cada dia.
No círculo no qual nós (os adultos) nos fechamos, crendo sempre que as coisas poderão ficar piores, envoltos pelas paredes sem vida de nossos lares, com nossa atenção voltada para a televisão, incapazes de observar o lento deslize nas nuvens num céu azul, de fechar os olhos diante do mar e nos perdemos naquele ruído reconfortante das ondas chegando à areia, ou mesmo de nos maravilharmos com a criança descobrindo, passo a passo as maravilhas da vida, enfim, deixamos de perceber o mais fascinante.
Já falei isso aqui sob outro ponto de vista, no qual procurei expressar minha dificuldade em acreditar que tudo isso que há a nossa volta possa ser fruto de um mero acaso, um desequilíbrio fortuíto do Universo, muito bem expressado na mitologia grega através do mito da Caixa de Pandora.
Já disse alguém que a arte informa por encantamento, enquanto a ciência informa por desencantamento. É desse desencantamento que falo. Nos acostumamos de tal forma com o mundo tal qual ele nos mostra, que nos tornamos incapazes de perceber as maravilhas que nos rodeiam.
Quero dizer da magia que há a nossa volta e que não vemos. Da magnitude do mundo, e da sociedade. Da auto-regulação perfeita e equilibrada da natureza, da qual deriva o mesmo mecanismo perfeito chamado economia que faz a sociedade funcionar de forma constante e equilibrada, a despeito desse equilíbrio se fazer através de ondas com seus altos e baixos.
Temos a noção de que antigamente os feiticeiros faziam suas magias com poções e palavras mágicas. Essas coisas permanecem ainda hoje, mas com as explicações científicas, tudo passou para o status de “normal”. Mas veja comigo: Não é uma maravilha lançarmos nossa atenção ao ser do lado através de um elogio e recebermos de volta elogios de igual tom embrulhados em um sorriso? Não é o elogio constituído de uma magia tal em suas palavras que proporciona a quem ouve tão agradável sensação de reconhecimento e estima? E o xingamento, não é maldição tamanha que tem poder para instigar o desentendimento e o infortúnio na vida de quem o escuta?
E se você diz para você mesmo, as seguintes palavras mágicas, diante do desafio: “EU POSSO”. Não haverá certamente mágica força, latente nesta afirmação, que o levará a superar-se no enfrentamento da situação? E a afirmação envolvida em firmeza, dirigida ao nosso semelhante: “VOCÊ É CAPAZ, VOCÊ CONSEGUE, TENTE!”. Não envolverá de tal forma a pessoa, transmitindo ânimo e força para a vitória?
E as poções mágicas de nossos dias? Não é uma dose de vinho mágica poção que nos proporciona agradável sensação de prazer e leveza. A começar pelo sensual formato da taça, passando pelo inebriante aroma da uva, pelo suave sabor, terminando por proporcionar em nosso corpo sensações de relaxamento, prazer e encantamento. Não estou falando aqui dos beberrões, lembre-se de que quem bebe por prazer, bebe pouco. Quem bebe demais está se envenenando e não está agindo muito diferente de quem se suicida.
Há outras “poções mágicas” em nossos dias e cada qual tem o seu “efeito”. O chocolate quente nos proporciona envolvente sensação de satisfação e aconchego, principalmente no inverno. Os sucos de frutas ao contrário, nos proporcionam no verão sensação de frescor, energia e disposição. E em se falando de disposição, o que é melhor para a disposição mental do que aquele cafezinho passado na hora?
Na medida em que precisamos de certos efeitos, e que para alcançá-los, utilizamos de certos princípios causadores, seja uma palavra ou algum item material, estamos praticando algum tipo de “alquimia”. Entretanto hoje em dia quem fala de magia é visto como esotérico e alienado da realidade. Mas a ciência nos proporciona as maiores magias, no entanto destituídas de qualquer sentido mágico.
Mas se pudéssemos mostrar um automóvel moderno a um cidadão medieval, não poderia pensar ele que fosse a carroça dos deuses?

Saudações a Ronaud Pereira um pensador.


Ótimo final de semana.

sábado, 13 de julho de 2013

terça-feira, 9 de julho de 2013

Nirvana - Smells Like Teen Spirit

Um pouco dos anos 90 neste feriado de 9 de Julho.




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O Poder das Afirmações Positivas - II


Depois de anos de escolha consciente e de repetir as afir mações, consigo hoje acordar todos os dias abençoando e agradecendo a vida maravilhosa que tenho. Durante o dia con tinuo escolhendo ter pensamentos felizes, independentemente do que aconteça. Isso não acontece 100% do tempo, mas já cheguei a 75% ou 80% hoje em dia, o que fez uma enorme diferença em minha vida. De vez em quando eu resvalo e me surpreendo tendo pensamentos negativos. Mas estou de tal forma atenta, que logo retomo minha escolha pelo positivo. O único momento em que vivemos é o momento presente. É o único tempo sobre o qual temos controle. “O ontem é passado, o amanhã é um mistério e o hoje é uma dádiva que chamamos de presente”, repete minha instrutora de ioga em todas as aulas. Se não escolhermos nos sentir bem neste exato momento, como poderemos criar momentos futuros de abundância e prazer?
Fazer afirmações é escolher conscientemente ter certos pensamentos que irão gerar resultados positivos no futuro. No início é mais difícil, e você pode até cen surar-se achando que é um processo ridículo e irreal. Mas vença a resistência e insista. Posso lhe garantir que essas afirmações positivas começarão a mudar seu modo de pensar. Declarações afirmativas vão além da realidade do presente, até a criação do futuro, através das palavras que você usa agora.

É importante fazer as afirmações no tempo presente. Por exemplo, afirmações típicas começariam da seguinte forma: “Eu tenho…”, ou “Eu sou…” Se você disser: “Eu terei…”, ou “Eu serei…”, seu pensamento ficará no futuro. O Universo recebe seus pensamentos e palavras literalmente e lhe dá o que você diz querer. Sempre. Esta é outra razão para manter uma atmosfera mental feliz. É mais fácil fazer afirmações positivas quando estamos nos sentindo bem. Pense desta forma: todo pensamento seu é importante, por tanto não desperdice seus preciosos pensamentos. Todo pensa mento positivo traz benefícios à sua vida. Todo pensamento negativo leva embora as coisas boas e as coloca fora de alcance. Pode ter cer teza: um acúmulo de pensamentos negativos cria uma barreira contra as afirmações positivas. Dizer “não quero mais ser doente” não é fazer uma afirmação que vai favorecer sua saúde. É preciso dizer claramente o que você realmente deseja. “Aceito uma saúde perfeita agora.”

Você ouvirá algumas pessoas exclamarem que “a vida é uma droga!”, o que é uma afirmação terrível. Pode imaginar o tipo de experiências que esta afirmação atrairá para você? Evidente mente, não é a vida que é uma droga, é no seu pensamento que ela é uma droga. Pensar assim fará você se sentir muito mal.

Não perca tempo lamentando suas limitações: relacionamen tos ruins, problemas, doenças, pobreza, etc. Quanto mais falar sobre o problema, mais ele se solidificará. Não culpe os outros pelo que parece estar errado em sua vida - isso é outra perda de tempo. Lembre-se que você segue as leis da sua própria cons­ciência, dos seus pensamentos, e que seu modo de pensar atrai experiências específicas. Quando mudar o processo dos pensamentos, tudo na sua vida mudará também. Você vai se impressionar e se encantar ao constatar como as pessoas, os lugares, as coisas e as circunstân cias podem mudar. A culpa gera apenas afirmações negativas que nos paralisam e não nos transformam. Não desperdice seus valiosos pensamentos com ela. Em vez disso, aprenda a trans formar as afirmações negativas em positivas. Por exemplo:

Não sou grande coisa. SE TRANSFORMA EM Estou num processo de mudança positiva e mereço o melhor.

Quando começar a realmente prestar atenção no que pensa, você vai se horrorizar ao perceber a quantidade de pensamentos negativos. Aos poucos, quando se surpreender tendo um pensamento negativo, você dirá: “Este é um pensamento antigo, escolho não pensar mais desta forma.” Em seguida, substitua o pensamento negativo por um positivo o mais rápido que puder. Lembre-se, você quer se sentir o melhor possível. Pensamentos de amargura, ressentimento, acusação e culpa fazem você se sentir mal e infeliz. E este é um hábito do qual você quer se libertar.

Outro obstáculo ao funcionamento dos pensamentos posi tivos é você sentir que “não é bom o bastante” e por isso achar que não merece ter coisas boas na vida. Se este é o seu caso, então comece pelo capítulo 8 (Auto-estima). Leia ou memorize as afirmações contidas neste livro e repita-as com freqüência. Crie suas próprias afirmações positivas. Fazer isso ajudará a ir mudando o sentimento de desvalorização, que talvez você traga consigo desde cedo, para a sensação de valor pessoal. Depois, observe como suas afirmações positivas vão se materializando.

Algumas afirmações:

Eu posso me sentir bem!

Eu posso fazer mudanças positivas em minha vida!

Eu posso conseguir o que desejo!

Autoria de Louise Hay

Ótimos dias.



domingo, 7 de julho de 2013

O Poder das Afirmações Positivas - I


“O homem é aquilo que pensa.”
James Allen

“Quer você pense que pode ou não pode fazer algo, você está certo.”
Henry Ford

Afirmo com toda a convicção: vocês podem mudar sua vida para melhor, porque trazem dentro de si as ferramentas para isso. Essas ferramentas são seus pensamentos e crenças - o que chamo de afirmações. Uma afirmação é qualquer coisa que você diz ou pensa. Não nos damos conta disso, mas muitas vezes nossos pensamentos são bastante negativos, seja a nosso próprio respeito, seja a respeito dos outros, das experiências que vivemos e do nosso futuro. Expressamos nossos pensamentos em palavras, e se os pensa mentos são negativos, as palavras também o serão. “Sou um total fracasso”, “Meus amigos me desvalorizam”, “Isso é muito difícil, não vou conseguir” são pensamentos que temos e frases que pronunciamos sem perceber o efeito negativo que exercem sobre nós.

Uma afirmação abre a porta; ela é o ponto de partida do cami nho para a mudança. É como se você dissesse ao subconsciente: “Estou assumindo a responsabilidade. Estou consciente de que posso fazer algo para mudar.” Repito: cada pensamento que temos ou cada palavra que pronunciamos é uma afirmação. Todo o seu diálogo interno é um fluxo de afirmações. Você usa afirmações a todo momento, quer esteja consciente ou não. Afirma e cria suas experiências de vida a cada palavra ou pensamento.

As afirmações expressam as crenças a respeito de nós e do mundo, que vão sendo construídas desde a infância. Uma crian ça criada num clima de respeito e amor, que se sentiu acolhida e valorizada, tem uma visão - uma crença - a respeito de si mes ma bem diferente daquela que foi abusada, ignorada, desres peitada. É muito fácil imaginar o que acontece com cada uma dessas crianças. A primeira vai gostar de si mesma, vai acreditar em sua própria capacidade, vai se relacionar amorosamente com os outros e não se deixar desrespeitar. A outra estará sempre na defensiva, esperando hostilidade dos outros, relacionando-se com eles como a pessoa desvalorizada que acredita ser, deixan do-se desrespeitar. Talvez na idade adulta ela diga que deseja encontrar um parceiro que a ame e respeite, mas sua crença mais profunda a impedirá de fazer isso, porque ela não se sente merecedora de um relacionamento de qualidade.

É importante prestarmos atenção nisso. Nossas crenças são capazes de nos fazer felizes, mas também podem estar limitando nossa possibilidade de criar exatamente as coisas que dizemos desejar. O que você quer e aquilo que acredita merecer podem não ser a mesma coisa. É preciso estar atento aos pensamentos e às palavras que os expressam para começar a eliminar aqueles que criam as experiências que você não deseja para sua vida.

Pensar negativamente não é um defeito seu. Simplesmente você nunca aprendeu como pensar e falar. Essa descoberta de que os pensamentos criam as nossas experiências é bastante recente. Seus pais provavelmente não sabiam disso, portanto não podiam lhe ensinar. Eles simplesmente reproduziram o modo como os pais deles os ensinaram a olhar a vida. Ninguém está errado. Mas está na hora de despertarmos e começarmos a criar nossas vidas conscientemente, de um modo que nos satisfaça e fortaleça. Você pode fazer isso. Eu posso fazer isso. Todos nós podemos - precisamos apenas aprender.

Algumas pessoas dizem que “as afirmações não funcionam”, sem perceberem que esta frase já é uma afirmação. Na verdade, o que acontece é que não sabem usar as afirmações correta mente. Podem dizer: “Minha prosperidade está aumentando”, e depois pensar: “Isto é uma bobagem, sei que não vai funcionar.” Qual das duas afirmações você acha que vai prevalecer? A ne gativa, é claro, pois faz parte do modo arraigado com que a pes soa se habituou a olhar a vida. Às vezes as pessoas pronunciam as afirmações uma vez por dia e reclamam o restante do tempo. Levará muito tempo para que as afirmações funcionem se forem feitas dessa maneira. Talvez nunca cheguem a funcionar, pois as afirmações negativas sempre prevalecerão, por serem muito mais freqüentes e feitas com muita emoção.

Pronunciar afirmações é apenas parte do processo. O que você faz no restante do dia e da noite é ainda mais importante. O segredo para que as afirmações funcionem de modo rápido e constante é preparar uma atmosfera propícia ao seu desenvolvi mento. As afirmações são comparáveis a sementes lançadas na terra. Um solo pobre será sinõnimo de pouco desenvolvimento, e um solo fértil, de desenvolvimento abundante. Quanto mais você escolher pensamentos que lhe dão bem-estar, mais rapida mente as afirmações produzirão efeito. Então, tenha pensamentos felizes. Basta isso. E é viável. A escolha do modo de pensar é exatamente isso: uma escolha. Você tem a sensação de que os pensamentos invadem sua mente sem o seu controle. É esta a grande mudança: a partir de hoje… de agora… deste exato momento… você pode escolher mudar o seu modo de pensar. Não pense que é um processo mágico e que sua vida vai mudar de uma hora para outra. Porém, se você per sistir e escolher diariamente ter pensamentos agradáveis, positivos, que lhe dêem satisfação, sem dúvida irá perceber aos poucos mudanças positivas em todas as áreas da sua vida.

Autoria de Louise Hay

Ótima Semana.


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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sexta-feira ensolarada e um pouco de Castañeda.


"Devagar ele começa a aprender...a princípio, pouco a pouco, e depois em porções grandes. E logo seus pensamentos entram em choque. O que aprende nunca é o que ele imaginava, de modo que começa a ter medo. Aprender nunca é o que se espera. Cada passo da aprendizagem é uma nova tarefa, e o medo que o homem sente começa a crescer impiedosamente, sem ceder. Seu propósito torna-se um campo de batalha".

E assim se depara com o primeiro de seus inimigos naturais: o medo! Um inimigo terrível, traiçoeiro, e difícil de vencer. Permanece oculto em todas as voltas do caminho, rondando à espreita. E se o homem, apavorado com sua presença, foge, seu inimigo terá posto fim à sua busca.

- O que acontece com o homem se ele fugir com medo?

- Nada lhe acontece, a não ser que nunca aprenderá. Nunca se tornará um homem de conhecimento,talvez se torne um tirano, ou um pobre homem apavorado e inofensivo, de qualquer forma, será um homem vencido. Seu primeiro inimigo terá posto um fim aos seus desejos.

- E o que ele pode fazer para vencer o medo?

- A resposta é muito simples. Não deve fugir. Deve desafiar o medo e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte, e o seguinte. Deve ter medo, plenamente, e no entanto não deve parar. É esta a regra! E o momento chegará em que seu primeiro inimigo recua. O homem começa a se sentir seguro de si. Seu propósito se torna mais forte. Aprender não é mais uma tarefa aterradora. Quando chega esse momento feliz, o homem pode dizer sem hesitar que derrotou seu primeiro inimigo natural.

- Isso acontece de uma vez, Don Juan, ou aos poucos?

- Acontece aos poucos, e no entanto o medo é vencido de repente e depressa.

- Mas o homem não terá medo outra vez se lhe acontecer alguma coisa nova?

- Não. Uma vez que o homem venceu o medo, fica livre dele o resto da vida, porque em vez do medo, ele adquire a clareza... uma clareza de espírito que apaga o medo. Então o homem já conhece seus desejos; sabe como satisfazê-los. Pode antecipar os novos passos na aprendizagem e uma clareza viva cerca tudo. O homem sente que nada se lhe oculta.

E assim ele encontra seu segundo inimigo natural :A clareza .Essa clareza de espírito, que é tão difícil de obter, elimina o medo, mas também cega. Obriga o homem a nunca duvidar de si. Dá-lhe a segurança que ele pode fazer o que bem entender, pois ele vê tudo claramente. E ele é corajoso, porque é claro; não pára diante de nada, porque é claro. Mas tudo isso é um engano; é como uma coisa incompleta. Se o homem sucumbir a esse poder de faz de conta, terá sucumbido ao seu segundo inimigo e tateará com a aprendizagem. Vai precipitar-se quando devia ser paciente, ou vai ser paciente quando deveria precipitar-se. E tateará com a aprendizagem até acabar incapaz de aprender qualquer coisa a mais.

- O que acontece com um homem que é derrotado assim, Dom Juan? Ele morre por isso?

- Não morre. Seu inimigo acaba de impedi-lo de se tornar um homem de conhecimento; em vez disto, o homem pode se tornar um guerreiro valente, ou um palhaço. No entanto, a clareza, pela qual ele pagou tão caro, nunca mais se transformará de novo em trevas ou medo. Será claro enquanto viver, mas não aprenderá nem desejará nada.

- Mas o que tem de fazer para não ser vencido ?

- Tem de fazer o que fez com o medo: tem de desafiar sua clareza e usá-la só para ver, e esperar com paciência e medir com cuidado antes de dar novos passos; deve pensar acima de tudo, que sua clareza é quase um erro. E virá um momento em que ele compreenderá que sua clareza era apenas um ponto diante de sua vista. E assim ele terá vencido seu segundo inimigo, e estará numa posição em que nada mais poderá prejudicá-lo. Isto não será um engano. Não será um ponto diante de sua vista. Será o verdadeiro poder.

Ele saberá a esta altura que o poder que vem buscando há tanto tempo é seu, por fim. Pode fazer o que quiser com ele. Seu aliado está às suas ordens. Seu desejo é ordem. Vê tudo que está em volta. Mas também encontra seu terceiro inimigo; o poder.

O poder é o mais forte de todos os inimigos. E, naturalmente, a coisa mais fácil é ceder; afinal de contas, o homem é realmente invencível. Ele comanda; começa correndo riscos calculados e termina ditando regras, porque é um senhor. Um homem neste estágio quase nem nota que seu terceiro inimigo se aproxima. E de repente, sem saber, certamente terá perdido a batalha. Seu inimigo o terá transformado num homem cruel e caprichoso.

- E ele perderá o poder?

- Não ele nunca perderá sua clareza nem seu poder.

- Então o que o distinguirá de um homem de conhecimento?

- Um homem que é derrotado pelo poder, morre sem realmente saber manejá-lo. O poder é apenas uma carga em seu destino. Um homem desse não tem domínio sobre si, e não sabe quando ou como utilizar se poder.

- A derrota por algum desse inimigos é uma derrota final?

- Claro que é final. Uma vez que esses inimigos dominem o homem não há nada que ele possa fazer.

- Será possível que o homem derrotado pelo poder veja seu erro e se emende?

- Não. Uma vez que o homem cede está liquidado.

- Mas e se ele estiver temporariamente cego pelo poder, e depois o recusar?

- Isto significa que a batalha continua. Isto significa que ele ainda está tentando ser um homem de conhecimento. O indivíduo é derrotado quando não tenta mais e se abandona.

- Mas então, Dom Juan, é possível a um homem se entregar ao medo durante anos, mas no fim vencê-lo.

- Não, isso não é verdade, se ele ceder ao medo, nunca o vencerá, porque se desviará do conhecimento e nunca mais tentará. Mas se procurar aprender durante anos no meio de seu medo, acabará dominando-o, porque nunca se entregou realmente a ele.

- E como um homem poderá vencer seu terceiro inimigo, Don Juan ?

- Também tem de desafiá-lo, propositadamente. Tem de vir a compreender que o poder que parece ter adquirido na verdade nunca é seu. Deve controlar-se em todas as ocasiões, tratando com cuidado e lealdade tudo o que aprendeu. Se conseguir ver que a clareza e o poder, sem controle, são piores do que os erros, ele chegará a um ponto em que tudo estará controlado. Então saberá quando e como usar seu poder. E assim terá derrotado seu terceiro inimigo. O homem estará então, no fim de sua jornada do saber, e quase sem perceber encontrará seu último inimigo; a velhice! Este inimigo é o mais cruel de todos, o único que ele não conseguirá derrotá-lo completamente, mas apenas afastar. É o momento em que o homem não tem mais receios, não tem mais impaciência de clareza de espírito... um momento em que todo o seu poder está controlado, mas também o momento em que ele sente um desejo irresistível de descansar, se ele ceder completamente a seu desejo de se deitar e esquecer, se ele afundar na fadiga, terá perdido a última batalha, e seu inimigo o reduzirá a uma criatura velha e débil, seu desejo de se retirar dominará toda sua clareza, seu poder e sabedoria. Mas o homem sacode sua fadiga e vive seu destino completamente, então poderá ser chamado de um homem de conhecimento, nem que seja no breve momento em que ele consegue lutar contra seu último inimigo invencível. Esse momento de clareza, poder e conhecimento é o suficiente."
Juan Matus por Carlos Castañeda


Ótimo final de semana.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Da dificuldade a oportunidade


Não havia no povoado pior ofício do que 'porteiro do prostíbulo'.
Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem?
O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.
Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de ideias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse:
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, senhor. - Balbuciou - Mas eu não sei ler nem escrever!
- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa. - Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.
Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer?
Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho.
Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego.
Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado.
Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra.
E assim o fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar ... já que..
- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
- Se é assim, está bom.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem sobre a mula.
- Façamos um trato - disse o vizinho.
Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias.... aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou.
No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo.
Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras.
Que lhe parece?
O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas.
Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido.
De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas.
Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes.
Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado.
Todos estavam contentes e compravam dele.
Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos.
Ele era um bom cliente.
Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, a ter de gastar dias em viagens.
Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos.
E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc ...
E após foram os pregos e os parafusos...
Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado.
Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício.
No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse: - É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.
- O Senhor?!?! - Disse o prefeito sem acreditar.
O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto:
- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder. - Disse o homem com calma.
Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO!!!


Geralmente as mudanças são vistas como adversidades.



As adversidades podem ser bênçãos.

As crises estão cheias de oportunidades.

Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.

Lembre-se da sabedoria da água:

'A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna'.

Que a sua vida seja cheia de vitórias, não importa se são grandes ou pequenas, o importante é comemorar cada uma delas.

Quando você quiser saber o seu valor, procure pessoas capazes de entender seus medos e fracassos e,

acima de tudo, reconhecer suas virtudes.


Isso realmente é verídico, contado por um grande industrial chamado Tramontina ...


Ótimos dias.